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Os avanços em saúde no câncer infantil são um sucesso, mas esses avanços estagnaram para negros e latinos nos EUA

Editores | 27/11/2023 21:01 | CULTURA E SOCIEDADE
IMG Foto: Bill Branson - National Cancer Institute

Há uma preocupante estagnação nos avanços no tratamento do câncer infantil para jovens negros e latinos/hispânicos nos Estados Unidos, resultando em uma lacuna nas taxas de mortalidade, segundo um relatório recente do Centers for Disease and Control Prevention (CDC), uma organização governamental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, comentado na matéria da Associated Press.


Embora os cânceres infantis tenham sido historicamente raros, melhorias significativas nos tratamentos nas últimas décadas levaram a uma diminuição nas taxas de mortalidade para crianças de todas as etnias. No entanto, nos últimos 10 anos, a taxa de mortalidade apenas diminuiu de maneira significativa para crianças brancas, exacerbando desigualdades raciais e étnicas.


Segundo a publicação, a Dra. Sharon Castellino, especialista em câncer pediátrico, destaca que mesmo com avanços científicos sofisticados, a entrega equitativa desses tratamentos é essencial para alcançar as metas nacionais. Ela ressalta a complexidade dos novos tratamentos, como a terapia genética, que, embora promissora, pode criar desafios logísticos e financeiros significativos para famílias, dificultando o acesso a cuidados adequados.


A necessidade de mais assistentes sociais é enfatizada para ajudar as famílias a navegar pela burocracia, obter licenças com proteção de emprego e garantir a continuidade do seguro de saúde para a criança. O texto da Associated Press destaca que, embora a taxa global de mortalidade por câncer infantil nos EUA tenha diminuído ao longo de duas décadas, a disparidade nas taxas entre jovens negros, hispânicos e brancos persiste.


O câncer infantil, antes quase incurável, agora é passível de sobrevivência para a maioria dos pacientes, mas a questão da equidade no acesso aos avanços no tratamento precisa ser abordada. O câncer no cérebro tornou-se a principal causa de morte por câncer em crianças, superando a leucemia. O texto destaca a importância da pesquisa colaborativa e aponta que cerca de 15.000 crianças e adolescentes são diagnosticados com câncer a cada ano nos EUA, com mais de 85% vivendo pelo menos cinco anos após o diagnóstico.


O Instituto Nacional do Câncer está trabalhando para coletar dados de todos os pacientes com câncer infantil, com o objetivo de melhorar a equidade no acesso aos cuidados mais recentes, informou a matéria. O relatório do CDC é descrito como “perturbador e desanimador”, oferecendo um guia para as próximas ações necessárias no campo do tratamento do câncer infantil.

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