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A administração Biden considera uma ação executiva na fronteira, poder outrora utilizado por Trump

Editores | 26/02/2024 10:53 | POLÍTICA E ECONOMIA
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Diante do desafio migratório, particularmente na fronteira sul, a postura do governo dos Estados Unidos e as estratégias consideradas para lidar com a questão começaram a mudar. Após a obstrução da legislação sobre fronteiras por parte dos republicanos no Congresso, a atual administração está avaliando a possibilidade de implementar novas ações executivas.


Segundo publicou a AssociatedPress Joe Biden está explorando disposições da lei de imigração federal frequentemente utilizadas pelo ex-presidente Donald Trump, o que pode provocar reações adversas por parte de progressistas e defensores dos direitos pela imigração. Especificamente, menciona-se a consideração do uso da Seção 212(f) da Lei de Imigração e Nacionalidade de 1952, que permite ao presidente negar a imigração para qualquer pessoa considerada “prejudicial aos interesses dos Estados Unidos”.


Há uma comparação com a abordagem de Trump, que também recorreu a essa mesma disposição ao banir a entrada de indivíduos de nações majoritariamente muçulmanas. No entanto, Biden tomou medidas para reverter essa proibição logo no primeiro dia de seu mandato. A matéria sugere que uma ordem executiva de Biden poderia restringir a capacidade dos migrantes de reivindicar asilo nos EUA se atravessassem a fronteira ilegalmente, um objetivo semelhante ao do projeto de lei bipartidário sobre fronteiras que foi bloqueado pelos republicanos no Congresso.


Sobre o assunto, a USA Today destaca que é evidente a retórica de Biden, que tem criticado os republicanos pela inação na questão migratória, visando transformar a imigração em uma vitória para sua campanha de reeleição. No entanto, ressalta que mesmo ações executivas agressivas não podem substituir as reformas políticas substanciais que o Congresso pode proporcionar.


Em dezembro passado, a Patrulha de Fronteira dos EUA teve mais de 250.000 encontros com migrantes que atravessavam o México para os EUA, o que revelou um cenário complexo e dinâmico na fronteira entre os Estados Unidos e o México, com implicações políticas e sociais significativas. No entanto, houve uma reviravolta com a queda de 50% no número de pessoas cruzando ilegalmente a fronteira em janeiro, conforme relatado pela U.S.Customs and Border Protection(CBP).


A questão migratória emerge como um tema divisor no Congresso e está se tornando uma preocupação central para os eleitores nas eleições presidenciais de 2024. Isso é evidenciado por uma pesquisa recente do Pew Research Center, que indica que 8 em 10 adultos nos EUA consideram que o governo está lidando de forma muito ou um pouco ruim com o grande número de migrantes buscando entrar no país pela fronteira com o México. Além disso, muitos veem a situação como uma crise ou um problema sério para os EUA.


Enquanto uma grande maioria dos republicanos vê as políticas de imigração dos EUA como um fator importante que facilita a permanência no país após a chegada, uma proporção muito menor de democratas compartilha dessa opinião. Além disso, os democratas tendem a citar a violência em seus países de origem como uma razão mais significativa para a migração para os EUA do que os republicanos, segundo a USA Today.


As estatísticas recentes relacionadas ao número de chegadas na fronteira, segundo a publicação, destaca um aumento nas interações com migrantes, ao mesmo tempo em que aponta uma redução no número de pessoas cruzando ilegalmente a fronteira em janeiro. As divisões partidárias na percepção das causas da migração também são discutidas, com uma grande discrepância entre democratas e republicanos.

Em suma, o texto fornece uma visão abrangente das considerações e ações do governo dos EUA em relação à questão migratória na fronteira sul, bem como das perspectivas partidárias e da opinião pública sobre o assunto.

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